Cientistas recriam o lobo-terrível de Game of Thrones: avanço inédito na desextinção genética em 2025

Colossal Biosciences

Por: Mari Barbosa

O avanço científico que antes pertencia apenas à ficção agora se torna realidade. Cientistas recriam o lobo-terrível de Game of Thrones utilizando técnicas de clonagem e engenharia genética de ponta. Essa iniciativa, liderada pela Colossal Biosciences, promete revolucionar o campo da desextinção e reacende o debate sobre os limites éticos e ambientais da ciência.

Conhecido como uma espécie extinta há cerca de 13 mil anos, o lobo-terrível ganhou fama mundial através da série “Game of Thrones“, onde foi retratado como uma criatura majestosa e poderosa. Agora, através de sofisticadas intervenções genéticas, os pesquisadores conseguiram dar vida a uma versão moderna deste animal, abrindo caminho para uma nova era na ciência.

Como cientistas recriaram o lobo-terrível de Game of Thrones

O projeto de desextinção da Colossal Biosciences começou com a coleta de material genético a partir de fósseis de lobos-terríveis. Os cientistas utilizaram um dente de 13 mil anos encontrado em Ohio e um crânio de 72 mil anos de Idaho. Com esses materiais, foi possível extrair DNA suficiente para sequenciar e identificar traços genéticos característicos da espécie extinta.

Em seguida, aplicando técnicas de edição genética CRISPR, os cientistas modificaram 20 genes de lobos-cinzentos para replicar traços do lobo-terrível. As alterações incluíram atributos como tamanho corporal, tipo de pelagem e estrutura óssea. Os embriões foram implantados em cadelas, que atuaram como mães de aluguel.

O resultado? Três filhotes nasceram com sucesso: dois machos, Romulus e Remus, e uma fêmea, Khaleesi. Os animais apresentam porte superior ao dos lobos-cinzentos e pelagem densa e clara, característica marcante da espécie extinta.

Colossal Biosciences e o futuro da desextinção

Fundada com o objetivo de reviver espécies extintas, a Colossal Biosciences também está envolvida em projetos para trazer de volta o mamute-lanoso e o tilacino. A recriação do lobo-terrível marca o primeiro sucesso tangível de sua missão.

De acordo com Beth Shapiro, diretora científica da empresa, “não estamos apenas fazendo uma cópia. Estamos criando uma versão funcional de algo que já viveu”. Essa afirmação destaca a intenção não só de clonar, mas de reconstituir traços evolutivos perdidos.

Desextinção com propósito ecológico: reequilibrar ecossistemas.
Preservação genética: aumentar a variabilidade em espécies ameaçadas.
Pesquisa biomédica: aplicações em terapias genéticas humanas.

A empresa mantém os animais em uma propriedade de 2 mil acres no norte dos Estados Unidos, em local sigiloso. Todos os indivíduos estão sendo monitorados de perto para estudo de seu desenvolvimento e bem-estar.

Cientistas recriam o lobo-terrível de Game of Thrones
(Foto: Reprodução/HBO)

O impacto ecológico e ético da desextinção

Embora a ideia de trazer espécies extintas de volta à vida seja fascinante, ela também levanta diversas questões. Soltar lobos-terríveis em ambientes modernos pode causar desequilíbrios. Eles foram adaptados a um mundo da Era do Gelo, com presas como bisões e mamutes. Hoje, essas espécies não existem mais em abundância ou estão totalmente extintas.

Além disso, pode haver conflitos com espécies atuais, como os lobos-cinzentos, já ameaçados por caça e perda de hábitat. Mais de 60 organizações ambientais nos EUA já demonstraram preocupação com projetos de lei que retiram proteção aos lobos.

A ética da clonagem também é ponto central. “Estamos brincando de deus?” é uma pergunta recorrente. É preciso definir limites claros sobre o que é aceitável cientificamente e o que pode prejudicar o meio ambiente ou os próprios animais criados.

Possíveis aplicações em espécies vivas

Apesar das controvérsias, a tecnologia usada para recriar o lobo-terrível pode ter aplicações muito mais amplas. Um exemplo é a recuperação do lobo-vermelho, uma espécie criticamente ameaçada que hoje sobrevive quase exclusivamente na Carolina do Norte.

Em 2022, híbridos de lobo-vermelho com coiotes foram encontrados no Texas e na Louisiana. Recentemente, quatro desses híbridos foram clonados pela Colossal. Esses clones podem ser introduzidos em populações selvagens para aumentar a diversidade genética e evitar a extinção total da espécie.

Essa abordagem mostra como a tecnologia desenvolvida para um projeto ambicioso pode salvar espécies reais, vivas e ameaçadas agora.

O que diferencia o lobo-terrível do lobo-cinzento

Apesar de compartilharem mais de 99% do material genético, os lobos-terríveis se diferenciam dos lobos-cinzentos por vários aspectos:

  • Tamanho: os lobos-terríveis eram cerca de 25% maiores.
  • Mandíbulas: mais poderosas, adaptadas para caça de grandes presas.
  • Pelagem: densa, clara e espessa, ideal para climas frios.
  • Comportamento: possivelmente mais agressivos e dominantes.

Essas diferenças foram essenciais para definir os genes que seriam alterados no processo de clonagem.

recriam o lobo-terrível de Game of Thrones
Cientistas recriam o lobo-terrível de Game of Thrones

Reflexões sobre o futuro da biotecnologia

O projeto de desextinção do lobo-terrível lança luz sobre as possibilidades da biotecnologia. Ele mostra que com determinação, pesquisa e investimento, é possível remodelar a vida conforme registros históricos e fósseis. Mas também mostra que grandes poderes exigem grande responsabilidade.

Se bem usada, essa tecnologia pode evitar a perda de biodiversidade, restaurar ecossistemas e trazer conhecimento inédito sobre a história evolutiva da vida na Terra.

Perguntas para o leitor

Você acredita que cientistas recriarem o lobo-terrível de Game of Thrones pode ser um caminho viável para salvar outras espécies ameaçadas? Deveríamos investir mais nesse tipo de tecnologia ou focar em conservar o que já temos?

Deixe sua opinião nos comentários! Queremos saber o que você pensa sobre a desextinção e os limites da ciência moderna.

FAQ: Cientistas recriam o lobo-terrível de Game of Thrones

O que é o lobo-terrível?
Uma espécie extinta de canídeo que viveu até cerca de 13 mil anos atrás, conhecida por seu porte imponente.

Os lobos-terríveis são idênticos aos da série Game of Thrones?
Não. Na série, eles foram retratados com dimensões exageradas. Os recriados são maiores que os lobos atuais, mas não tão grandes quanto na ficção.

Onde vivem os filhotes clonados?
Em uma propriedade privada e protegida nos EUA, sob monitoramento científico constante.

Isso significa que poderemos ver mamutes ou dinossauros vivos?
Talvez mamutes, sim. Dinossauros, não, pois não há DNA viável conhecido para esses animais.

Qual o maior desafio atual para projetos de desextinção?
Aspectos éticos, impacto ambiental, legislação e viabilidade econômica.

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